Ítalo Batista Teodoro Rodrigues propôs parceria com promessa de salário e moradia. Ex-árbitro do quadro da federação do Distrito Federal não responde mais a tentativas de contato
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Na última segunda, jogadoras do Gama-DF postaram um vídeo de desabafo. Por mais de 23 minutos, quatro atletas alegaram - em nome de toda a equipe - terem sido vítimas de um golpe. A acusação é direcionada a Ítalo Batista Teodoro Rodrigues, ex-árbitro do quadro de arbitragem da federação do Distrito Federal.
Jogadoras e diretoria afirmam que Ítalo propôs uma parceria com o clube, que envolvia a criação de uma equipe feminina para participar do Campeonato Brasiliense. No projeto apresentado, Ítalo arcaria com todos os custos, além de salário e moradia para jogadoras de fora do Distrito Federal, trazidas por ele para o Gama.
A reportagem tentou contato com Ítalo por mensagens de texto e ligações, sem sucesso. Atletas do clube também não conseguem entrar em contato com Ítalo, que excluiu as redes sociais.
Gama estreou no Candangão Feminino com oito atletas inscritas — Foto: Reprodução
Em entrevista ao ge, Ludymila Bárbara de Carvalho, lateral do Gama, afirmou que, na época, ninguém procurou saber quem Ítalo era, apenas que ele já havia tocado um projeto chamado União Gamense, há dois anos, quando também largou o elenco em condições precárias.
Para o duelo contra o Ceilândia na estreia do Candangão Feminino, no dia 28 de outubro, apenas oito atletas foram inscritas no Boletim Informativo Diário (BID). O número não bateu com as 16 jogadoras já anunciadas pelo Gama, o que levantou sinais de alerta sobre a parceria.
Após o terceiro jogo disputado no Campeonato Brasiliense, a fornecedora de material esportivo entrou em contato com o Gama. A empresa avisou à equipe que pegaria os uniformes de volta, visto que o pagamento não foi efetivado.
Na última quarta, antes de jogo contra o Real Brasília, Ítalo esteve no CT. Após desentendimento com a diretoria, ele disse que "lavava as mãos". As atletas do Gama jogaram sem saber o que comeriam à noite e, até hoje, se mantêm com uma cesta básica custeada pelo Real Brasília.
- Ele pedia que nós pagássemos as despesas referentes à alimentação, fotógrafo e arbitragem e que guardássemos os comprovantes, porque os patrocinadores iriam ressarcir depois. Agora, donos dos serviços contratados estão batendo na porta da minha casa para cobrar o restante do pagamento - desabafa Ludymila.
Fonte: Globo Esporte
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