Atleta, que tinha sido punida com dois anos de exclusão do esporte por conta de um resultado adverso de 2019, não consegue a redução na última instância
Rafaela Silva Grand Slam de Brasília judô — Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br
Atual campeã olímpica da categoria até 57kg do judô, Rafaela Silva está fora das Olimpíadas de Tóquio 2020, que foi adiada para o ano que vem por conta da pandemia do coronavírus. Pega no exame antidoping durante os Jogos Pan-Americanos de 2019, ela foi punida com dois anos exclusão do esporte e entrou com um recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS) para tentar a redução. No dia 10 de setembro, foi realizado o julgamento através de videoconferência e, nesta segunda, saiu o resultado: a judoca não poderá brigar pela manutenção do título nos Jogos Olímpicos. A CAS também decidiu retirar as medalhas conquistas no Mundial de 2019: bronze no individual e o bronze por equipes. Mas a Corte Arbitral do Esporte não aceitou o recurso da Federação Internacional de Judô (FIJ) para aumentar a pena de Rafaela Silva para quatro anos.
A audiência do julgamento do recurso de Rafaela Silva aconteceu no dia 10 de setembro deste ano, iniciando às 7h30 e seguindo até 16h (horários de Brasília). A judoca fez um curto depoimento somente. Participaram da audiência por videoconferência algumas testemunhas de defesa, além dos advogados Marcelo Franklin e Thomaz Paiva, do bioquímico Fernando Fonseca e do médico Ronaldo Abud.
O objetivo da defesa no julgamento foi comprovar a origem da substância (fenoterol) que entrou no corpo da judoca durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, buscando a redução da pena de acordo com o grau de negligência. Pelas regras do código antidoping, os atletas são responsáveis por tudo que ingerem e, mesmo que a ingestão não tenha sido proposital e/ou que não haja ganho técnico ou esportivo com a substância, há a punição por negligência. Com manutenção da pena, Rafaela Silva só poderá voltar a competir em novembro de 2021, dois anos depois de sua última competição, perdendo assim as Olimpíadas de Tóquio.
Fonte: Globo Esporte

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