Pavlyuchenkova e Krejcikova vencem e vão duelar na final de Roland Garros

Após atingirem as semifinais de forma inédita, tenistas se garantem na decisão do segundo Grand Slam da temporada e vão lutar pelo maior título de suas carreiras

A grande final feminina de Roland Garros está definida. No próximo sábado (12), a russa #32 Anastasia Pavlyuchenkova, que bateu a eslovena #85 Tamara Zidansek por 2 sets a 0, parciais de 7/5 e 6/3, vai encarar a tcheca #33 Barbora Krejcikova, que venceu a grega #18 Maria Sakkari por 2 sets a 1, parciais de 7/5, 4/6 e 9/7, em uma batalha de mais de 3h.

Depois de uma semifinal inédita onde as quatro não integravam o top 10, o que não acontecia desde o Australian Open de 1978, a decisão do Grand Slam parisiense também terá esse gosto inusitado, já que é a primeira vez que as duas tenistas atingem a final de um Major.

Na primeira semifinal do dia, Pavlyuchenkova fez valer o favoritismo e bateu Zidansek. Depois de um primeiro set bastante disputado e decidido com uma quebra no 12º game, a russa dominou a segunda parcial, chegou a levar um susto depois de abrir 4/1 e ser quebrada de volta, mas se impôs novamente e se garantiu na final com um ótimo nível de tênis.

Pavlyuchenkova foi a primeira a se garantir na final em Roland Garros — Foto: Clive Brunskill / Getty Images
Essa é a primeira decisão de Grand Slam de Pavlyuchenkova, que chega à final de Roland Garros justamente 10 anos depois de sua melhor campanha no torneio. Em 2011, ela parou nas quartas. Para tornar o momento ainda mais simbólico, esse feito acontece justamente na sua 50ª participação em Majors na carreira.

Além disso, a Rússia volta a ter uma tenista decidindo um Slam depois de seis anos - a última havia sido Maria Sharapova, nos Australian Open de 2015. Com a campanha, Pavlyuchenkova já garantiu também seu retorno ao top 20 do ranking da WTA.

A segunda semifinal foi uma verdadeira batalha, disputadíssima do início ao fim. Com oscilações e bons momentos de ambas as jogadoras, a partida poderia ter ido para qualquer lado. No fim, a maior capacidade de variações e mudanças de táticas ao longo do jogo de Krejcikova foi decisiva. Depois de dois sets muito parecidos, a última parcial só foi decidida no 16º game.

Krejcikova é finalista de Roland Garros — Foto: Adam Pretty / Getty Images
Depois de salvar match points, a tcheca teve quatro, viu Sakkari sobreviver e salvar todos - com direito a discussão sobre uma marca de bola apontada fora pelo juiz de linha e corrigida pelo árbitro de carreira -, mas não se deixou afetar e decretou a vitória por 9/7. Após a partida, se emocionou ao lembrar da ex-mentora Jana Novotna, que fez duas semifinais em Roland Garros, e faleceu em 2017 por conta de um câncer.

Como motivação, Krejcikova traz na bagagem o fato de ter superado uma crise de pânico antes de enfrentar a norte-americana Sloane Stephens nas oitavas de final do torneio - ela se recuperou e perdeu apenas dois games na partida. A tcheca atinge a decisão de um Slam com apenas cinco participações em competições desse nível.

Fonte: Globo Esporte

 

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